Simers completa duas semanas prestando apoio para os gaúchos atingidos por desastre natural

Desde o início do desastre natural que devastou 458 municípios do Estado, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) está empenhado em ações para auxiliar os mais de dois milhões de gaúchos afetados direta e indiretamente pela tragédia climática, além de viabilizar um trabalho médico seguro e resolutivo. Iniciativas como coleta de doações de itens básicos e medicamentos, gerenciamento de escalas e atendimentos médicos em abrigos de Porto Alegre, cadastramento de médicos voluntários e apoio à saúde mental de vítimas e agentes da Segurança Pública merecem destaque.

Para o presidente do Simers, Marcos Rovinski, a corrente de solidariedade de gaúchos e brasileiros tocou a todos, e inspirou a categoria médica e a sociedade a ajudar quem mais precisa. “Estamos todos empenhados no auxílio dos gaúchos e gaúchas que perderam tudo e estão sofrendo. Temos que destacar o trabalho voluntário de todos, médicos, civis e agentes da Segurança Pública, que estão fazendo a diferença na vida das pessoas. O trabalho dos quase 2 mil médicos voluntários pelo Estado precisa ser valorizado, pois sem os médicos a saúde pública poderia estar colapsada neste momento”, destacou.

Através do Mutirão do Bem, organizado pelo Hub de Solidariedade, foram arrecadadas toneladas de doações de itens como roupas, agasalhos, alimentos não perecíveis, medicamentos de uso geral e controlado, água, entre outros. Todas as doações passam por um grande processo de triagem, para ver o que pode ser utilizado e para receber a melhor destinação. Os itens arrecadados estão sendo destinados para abrigos cadastrados pela Prefeitura de Porto Alegre. O Simers segue arrecadando doações em sua sede na capital, localizada na Rua Coronel Corte Real, 975, das 8h às 20h.

Para auxiliar os gaúchos em cidades atingidas em todo o Rio Grande do Sul, o Simers criou o cadastramento estadual de médicos voluntários, e distribuiu mais de 700 adesivos para que os médicos possam sair ou chegar em Porto Alegre, através do corredor humanitário, criado no Centro Histórico da capital. Outras duas iniciativas fundamentais no apoio à população foram o gerenciamento de escalas e atendimentos médicos em mais de 20 abrigos de Porto Alegre, e o suporte psiquiátrico a agentes da Segurança Pública envolvidos nos resgates pelo estado.

“Realizamos um longo e diário processo de avaliação de cenários para entender qual seria o papel do Simers e dos médicos gaúchos para ajudar a população neste momento triste da nossa história, assim como possibilitar um trabalho seguro e resolutivo a todos os colegas que se voluntariaram. Sem dúvidas, nada do que realizamos seria possível sem o apoio de civis, médicos, os funcionários do Sindicato, nossos diretores médicos, outras entidades e instituições, tudo para ajudar quem está sofrendo nesta tragédia que assolou 90% das cidades gaúchas”, avalia Fernando Uberti, vice-presidente do Simers.

Durante o processo, o Simers contou com a parceria de entidades como a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS), Conselho Regional de Farmácia (CRF), Sociedade de Infectologia do Rio Grande do Sul (SGI) e Prefeitura de Porto Alegre (PMPA). O Sindicato já atua projetando o futuro, especialmente no que se refere ao provável impacto sobre o sistema hospitalar gaúcho, já iniciando ciclo de reuniões com médicos e gestores de hospitais de Porto Alegre, região metropolitana e interior. Da mesma forma, iniciativas estão sendo avaliadas para contribuir com a reconstrução de algumas unidades hospitalares destruídas pelas enchentes.