Simers constata superlotação e atrasos de honorários no Hospital Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul

Na manhã de quinta-feira,01, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), por meio do diretor Daniel Wolff, verificou demandas e visitou alguns ambientes do Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. Na instituição, foi constatado o atraso residual correspondente às competências de fevereiro e março deste ano, na época sob responsabilidade técnica da empresa terceirizada Ortomed. Os atrasos são registrados com a equipe de pediatria.

Além dos atrasos, o diretor verificou parte das dependências do hospital, tais como a Sala Vermelha, enfermaria e consultórios. Na Sala Vermelha, foi identificado uma série de problemas, tais como superlotação, falta de leitos, medicamentos analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos. O local, no momento, registrava mais de 300% de sobrecarga. O espaço tem capacidade oficial de 11 leitos,porém operava com quase 30 pacientes, distribuídos entre a Sala Vermelha e Enfermaria. Ao diretor, foram relatados pelos profissionais: estafa física e mental, inexistência de um plano de contingência e de previsibilidade de melhorias.

Paralelo à visita do Simers e da constatação de todos os problemas evidenciados na matéria, o governador Eduardo Leite e a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, participavam da solenidade de inauguração do novo Centro Obstétrico do HGV. O Simers tentou contato com a administração da Instituição durante a visita, mas os responsáveis não se encontravam no local. A Entidade médica, por meio de seu Departamento Jurídico, irá oficiar a Ortomed, a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas e a Prefeitura de Sapucaia do Sul, cobrando providências quanto às demandas. 

Na noite desta quinta-feira, uma Assembleia Geral Extraordinária com os pediatras irá ocorrer, onde serão avaliados todos os pontos, inclusive a aprovação de um Indicativo de paralisação dos atendimentos eletivos, devido aos atrasos e problemas estruturais.