Simers participa de audiência na Assembleia Legislativa sobre impacto de apostas esportivas na saúde mental

O diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e coordenador do Núcleo de Psiquiatria, Ricardo Nogueira, participou de audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre,  nesta quarta-feira, 3. Proposto pelo deputado Tiago Simon, o encontro reuniu autoridades de diferentes setores para debater os impactos das apostas esportivas na saúde mental da população e os riscos que as bets representam à segurança financeira das famílias gaúchas.

Nogueira explicou que o jogo compulsivo pode ser caracterizado como uma doença, um tipo de adição. Lembrou que os indivíduos afetados frequentemente deixam de pagar contas básicas e recorrem à agiotagem para sustentar o vício, prática que pode levar a situações de criminalidade e violência. O psiquiatra também destacou o acesso facilitado aos cassinos virtuais e a exposição precoce de crianças a jogos online que simulam apostas.

“Há um estímulo nas redes para que as crianças acessem joguinhos que parecem inocentes, mas, na verdade, estão induzindo-as ao vício. O Brasil é um dos países com os maiores índices de ansiedade e depressão no mundo. Temos que tratar essa questão de forma preventiva”, disse Nogueira. O diretor frisou, ainda, que o vício em apostas vêm se tornando uma questão de saúde pública, afeta milhões de brasileiros e aumenta a demanda por leitos psiquiátricos, gerando custos à Previdência Social e repercutindo negativamente na economia. 

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O deputado Tiago Simon ressaltou os malefícios dos jogos de azar, que provocam dependência psíquica e endividamento da população, drenando recursos do país para o Exterior. “Essencialmente, o jogo foi feito para que o trabalhador perca. Muito dinheiro essencial está sendo drenado para fora do país. É um vício tão prejudicial quanto o álcool e as drogas”, afirmou.

Além do Simers, também estiveram presentes o ex-governador Pedro Simon e representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremers), do Ministério Público, da Defensoria Pública, de entidades comerciais e do Procon estadual.

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