O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve presente, na noite desta quinta-feira, 10, em audiência pública da Comissão Especial para Avaliar a Equidade nos Serviços Hospitalares do Rio Grande do Sul na Assembleia Legislativa. O encontro abordou a situação dos hospitais públicos e filantrópicos gaúchos, além de tratar das propostas para o equilíbrio financeiro e melhorias nos serviços.
“Enfraquecer essa rede é desestruturar o sistema como um todo. O financiamento da saúde não pode ser um jogo de soma zero”, destacou o vice-presidente do Simers, Felipe Silva de Vasconcelos. Ele relatou que a entidade defende que os hospitais do interior recebam mais recursos do governo do Estado, reconhecendo as diferenças entre as regiões.
O vice-presidente também disse que, para os profissionais da linha de frente, equidade só existe quando o sistema reconhece as diferenças entre regiões e ajusta seus investimentos de forma justa, respeitando as necessidades locais.
Também no discurso, acompanhado pela secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, Vasconcelos explicou que, com a implementação do Programa Assistir, os recursos estão sendo retirados de hospitais de alta complexidade que atendem toda a população gaúcha. Ainda deu o exemplo que hospitais que realizam transplantes, cirurgias cardíacas, neurocirurgias, partos de alto risco, UTIs neonatais requerem tecnologia, equipes especializadas e financiamento contínuo. “Queremos condições de trabalho dignas, recursos adequados e planejamento sério, não podemos seguir sustentando o sistema apenas com esforço individual”, afirmou.
A audiência pública contou também com a presença do secretário estadual de Saúde de São Paulo, Eleseus Paiva, que falou sobre a realidade do Estado mais populoso do Brasil, que também depende da filantropia, principalmente no interior. Paiva é formado há mais de 40 anos em Medicina e falou sobre a execução de serviços de saúde pública de forma regionalizada.
O vice-presidente do Simers elogiou, ao secretário, o modelo do SUS Paulista, que complementa valores de procedimentos subfinanciados, garantido a eficiência na execução. “Um exemplo real de responsabilidade com a população. Esse modelo pode e deve inspirar o RS”, pontuou Vasconcelos.
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