Simers propõe fórum permanente para discutir estratégias à rede de assistência em saúde mental de Porto Alegre

Debater estratégias que possam melhorar o funcionamento da rede de assistência em saúde mental de Porto Alegre, reduzindo a sobrecarga sobre unidades de emergência psiquiátrica no município. Esse é o enfoque do fórum permanente que será criado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a partir de proposta do Núcleo de Psiquiatria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (NuPsiq - Simers), com a presença da entidade médica, da prefeitura e de psiquiatras representantes das unidades — especialmente do Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul (PACS) e do Centro de Saúde do IAPI. A definição ocorreu durante reunião nesta terça-feira, 12, com a presença do diretor-geral e coordenador do NuPsiq - Simers, Fernando Uberti, e do secretário da pasta, Fernando Ritter, na sede da SMS.

Na oportunidade, Uberti fez um relato ao secretário Ritter sobre as demandas dos médicos que atuam nas emergências psiquiátricas do PACS e do IAPI, locais onde têm sido frequentes situações de superlotação e sobrecarga de atendimentos. Acompanhado do diretor do Simers, Rogério Cardoso, o diretor-geral falou sobre o que viu nas visitas técnicas realizadas constantemente pela entidade a essas unidades de atendimento. São situações que envolvem sobrecarga de trabalho, falta de leitos e de estrutura especializada para atender crianças e adolescentes, bem como dependentes químicos (considerado um dos principais gargalos da assistência psiquiátrica municipal, estadual e federal). 

De acordo com Uberti, o Secretário Ritter recebeu positivamente a proposta do Simers, comprometendo-se a criar o grupo de trabalho, com a primeira reunião agendada já para o próximo dia 26 de março. “A partir da criação deste fórum, vamos ter agendas periódicas com a Secretaria de Saúde e com os psiquiatras que atuam nestes locais, para discutir estratégias que garantam melhorias efetivas no atendimento em saúde mental do município, mudanças estruturais que se traduzam em redução da superlotação, da sobrecarga e da falta de estrutura, o que prejudica pacientes, mas também adoece os profissionais na linha de frente”, afirma Uberti.

Também participaram da reunião os coordenadores de Urgências, Paulo Bobek; da Atenção Básica, Vânia Maria Frantz; e da Saúde Mental, Marta Fradique.