O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve reunido nesta quarta-feira, 7, no formato on-line, com médicos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégias de Saúde da Família (ESFs) do município de Gravataí. O encontro contou com a presença da diretora da Região Metropolitana da entidade médica, Daniela Alba, e do coordenador do Núcleo Simers de Pediatria, Daniel Sauer Wolff. Na pauta, foram debatidos a transferência dos médicos pediatras e ginecologistas das UBSs, a equiparação salarial e o pagamento de insalubridade.
Sobre os dois primeiros pontos os representantes da entidade médica esclareceram que o Ministério da Saúde estabelece que tenham nas Unidades de Saúde médicos generalistas ou de saúde da família e que, portanto, o edital do concurso e a decisão de transferência dos especialistas estão amparados por lei. No entanto, o Sindicato se comprometeu a levar a questão para ser debatida com a Secretaria de Saúde do município de Gravataí, na tentativa de um acordo político, pois a entidade defende a importância da presença de profissionais especialistas nas UBS’s e ESF’s para qualificar o atendimento dos pacientes.
“Levaremos estas pautas para a Prefeitura de Gravataí para ver as possibilidades dentro do nível administrativo, mas também para o Conselho de Saúde e o Ministério Público para que fique claro que a retirada desses profissionais pode causar prejuízos para a população”, observou a diretora Daniela Alba.
A respeito da suposta falta de pediatras, o diretor Daniel Wolff esclareceu que o Estado conta com 3.200 pediatras, sendo 386 residentes, e que 124 novos profissionais se formam todos os anos. “Temos uma concentração muito grande na Região Metropolitana, então a retirada de pediatras dos postos de saúde por falta de profissionais é uma falácia, pois existem muitos que estão se formando e que poderiam ocupar esses postos de trabalho”, observa.
O coordenador do Núcleo Simers de Pediatria lembra que outra realidade levantada pela entidade, nós nos últimos anos, é que tem 130 cidades no RS que não possuem pediatras e outras 79 que tem menos de um profissional para atender a cada mil crianças. “Isso se caracteriza como urgência, já que mais de ¼ dos municípios gaúchos não possuem pediatras. O que ocorre não é a falta de profissionais, mas sim uma remuneração qualificada e condições adequadas de trabalho. Só assim os pediatras poderão se deslocar para as cidades do interior e para as zonas periféricas da Região Metropolitana”, ponderou Daniel Wolff.
Fotos: Divulgação.
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