Mais uma agressão contra profissionais da saúde foi registrada no estado. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, e o vice, Felipe Vasconcelos, foram a Santa Cruz do Sul nesta sexta-feira, 11, oferecer auxílio à médica ameaçada de morte por uma paciente no Hospital Santa Cruz. O Simers também emitiu nota de repúdio. “Estamos vivendo uma epidemia. Casos como esse não podem se transformar em uma regra”, afirmou Matias.
Na noite de quarta-feira, 9, uma mulher procurou a emergência da instituição para consultar e foi classificada como ficha verde. Ela queria um atestado para não ir trabalhar, o que foi negado diante do quadro clínico e foi dado um atestado de comparecimento à consulta. Inconformada, foi procurar a médica no consultório. Como não encontrou, jogou o computador no chão e disse que iria esperá-la na rua para matá-la. A agressora fugiu após a instituição chamar a Brigada Militar. “O Código de Ética Médica é muito claro. O médico é proibido de atestar o que não está compatível com o quadro clínico e ameaça de morte é um crime”, afirmou o presidente do Simers. “E nós vamos utilizar nossa estrutura jurídica para monitorar as redes sociais. Se houver ataques, o autor vai ser responsabilizado”, alertou Matias. O vice-presidente fez um apelo: “É preciso que a população se sensibilize e relembre que, nos momentos mais difíceis que passamos, durante a epidemia, era o médico e os profissionais da saúde que estavam lá para zelar por ela.”
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Matias e Vasconcelos também se reuniram com a direção do hospital para discutir medidas de prevenção e colocar o Simers à disposição. Cartazes da campanha de combate à violência contra médicas foram afixados nos consultórios e corredores. O número crescente de ataques em unidades de saúde levou o Sindicato e outras entidades médicas a instalarem o Observatório da Violência, para análise contínua das ocorrências e para apresentar sugestões de proteção aos profissionais da linha de frente. O Simers está sempre alerta para defender os médicos e tem um telefone de plantão 24h para prestar auxílio e receber denúncias. Basta ligar para o 0800 510 2569.
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